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Campanha de imunização contra o sarampo tem início com baixa adesão

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Começou, nesta segunda-feira, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo. No primeiro dia, a procura pela vacina foi fraca nos principais postos de saúde de Santa Maria. A estratégia desta fase da campanha é voltada às pessoas na faixa etária de 5 anos até os jovens de 19 anos, que não tenham tomado nenhuma dose da vacina ou que tenham recebido apenas uma dose, com esquema incompleto.

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Mesmo não estando na faixa etária indicada pelo Ministério da Saúde, Adão Adair Freitas, 49 anos, procurou a Policlínica José Erasmo Crossetti, na Floriano Peixoto, nesta segunda pela manhã. Ele recebeu a segunda dose da imunização:

- Na verdade eu já tinha feito quando mais novo, mas como eu não tinha mais a carteira de vacinação e não tem como comprovar, eu estou fazendo novamente. E já que eu estou trabalhando em um laboratório da área da saúde, estamos tendo que atualizar, daí tem que fazer igual.

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Esta primeira etapa é a sequência das outras duas campanhas realizadas no ano passado, que tiveram como foco as crianças acima dos 6 meses a menores de 5 anos (em outubro) e, depois, em adultos dos 20 aos 29 anos (em novembro). Essas eram, na época (e continuam), as idades com mais casos confirmados.

Além dessas duas doses, em virtude do surto da doença no Brasil, o Ministério da Saúde está recomendando uma dose extra para as crianças entre os 6 e 12 meses. Ela não substitui a primeira dose (aos 12 meses) e por isso é chamada de "dose zero". Pelo SUS, a vacina tríplice viral é oferecida para todas as pessoas acima dos 6 meses e menores de 50 anos.

NÚMEROS
A estimativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é de que 245 mil crianças e jovens não estejam protegidos contra a doença. De acordo com o último boletim epidemiológico emitido pela Central Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), na última sexta-feira, de agosto do ano passado até o dia 1º de fevereiro deste ano, 105 casos de sarampo foram confirmados no Rio Grande do Sul, distribuídos em 13 municípios - nenhum deles para cidades da Região Central.

Em 2019, foram notificados 778 casos suspeitos da doença em território gaúcho. Em Santa Maria, conforme a prefeitura, não houve registro da doença no ano passado. A meta estipulada, pelo Ministério da Saúde para imunização na cidade em 2019, foi de 3.509 crianças, e o município ultrapassou esse número. Levando em conta a meta, a tríplice viral vacinou 159,70% das crianças. Já para a tetraviral, foi registrada vacinação em 114,81% das crianças, segundo o Executivo.

A DOENÇA
Vacinar contra o sarampo é importante para evitar complicações como cegueira e infecções generalizadas que podem levar a óbito. O calendário básico de vacinação oferece duas vacinas contra o sarampo. A primeira é aos 12 meses de idade, com a tríplice viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. A proteção precisa ser completada aos 15 meses com uma dose da tetra viral, que imuniza para as mesmas três doenças, mais a varicela (ou catapora).

O sarampo é uma doença viral altamente transmissível. Uma pessoa doente pode passar para outra por meio da tosse, fala, espirro ou respiração próximo de outras pessoas. Qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo (exantemas) acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar os serviços de saúde para a investigação, principalmente aqueles que estiveram nos 30 dias anteriores em viagem a locais com circulação do vírus. Casos suspeitos devem ser informados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde ou para o Disque Vigilância, por intermédio do número 150.

*Com informações da SES

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